Foto: André Pansonato
"Esse frio acaba com o moral de qualquer homem!"
Heitor, o bombeiro
Dia 6 - 31/12 - 1ª parte
Dia em San Pedro
Nosso primeiro passeio agendado no deserto era conhecer os Geysers El Tatio, a 4.300m de altitude. O ônibus da agência nos pegou no hostal às 4h. Nao foi muito fácil acordar. O cansaço já estava forte. A dona do Hostal, Ester, deixou nosso café pronto para levarmos no passeio. Ela é muito gentil. Café: sanduíche pão com queijo, iogurte e suco de laranja de caixinha (aliás, foi esse mesmo café da manhã todos os dias).
Foram duas horas de viagem no ônibus para chegar aos geysers (94km). No final do percurso, a nossa guia, uma francesa com cara de hippie, mandou a frase fatal: "a temperatura lá fora é de 8 graus negativos". Assim começou o desespero dos cuiabanos e da candanga acostumada ao calor amazonense. A maioria de nós estava com calça de tactel e moleton... "Ainda bem que eu fui malandro e coloquei uma cueca e uma blusa por baixo do moleton", ressaltou Heitor, com os lábios roxos e os dedos praticamente congelados.
A agência havia recomendado que fôssemos bem agasalhados e levássemos roupa de banho. Acho que a maioria levou mais a sério a parte da roupa de banho. Ainda bem, assim as toalhas viraram cachecóis. O frio era muito intenso, tanto que os dedos dos pés e das mãos endureceram.
Apesar da sensação térmica "agradável", os geysers são muito interessantes. São buracos no chão que jorram água muy caliente. Em resumo, essa água vem do encontro da lava inativa de dentro do vulcão com os lencóis freáticos que fervem e que, por causa da pressão, vão direto para a superfície. Essa atividade cessa por completo por volta das 10h. Por isso a necessidade de chegar bem cedo ao local. São dezenas de geyseres, de vários tamanhos e intensidades. Com gelo nos ouvidos, confesso que foi difícil ouvir todas as explicações da guia francesa. O local tem muito vapor e o cheiro de enxofre é fortíssimo. Durante o passeio, a temperatura baixou mais um pouquinho: bateu 12 graus negativos! Vale a dica: não subestime a temperatura... ah, e leve água para beber.
Lá mesmo tomamos um café da manhã oferecido pela agência. Café com leite e chocolate quente esquentados nos próprios geysers, além de pão seco com queijo. Aliás, nos pareceu um costume da região: comer pão bem seco apenas com uma fatia de queijo.
Fizemos uma segunda parada para observar mais geysers e algumas lagunas termais. Mas só uma pessoa do nosso ônibus teve coragem de tirar a roupa e entrar na água - claro, nao foi do nosso grupo. A partir daí o sol começou a aparecer e o frio desistiu de tentar nos matar... À medida que a temperatura vai subindo e o sol surgindo, formam-se contraluzes no local. A fumaça que brotam do chão ficam com uma altura ainda maior. O cenário é espetacular.
No caminho de volta passamos por paisagens belíssimas. Vimos bichos que vivem em altitudes elevadas. Entre eles, havia uma mistura de coelho com esquilo e as vicunhas (parecem o bambi). Essas, sem nenhum pudor, acasalavam nos arredores da estrada.
Fizemos uma parada também em um pitoresco povoado chamado Machuca. Lá tem um monte de casinhas de adobe, mas só moram seis habitantes, que estavam vendendo espetinho de lhama pra gente. O local vive em função do turismo. Voltamos no ônibus meio dormindo, meio ouvindo as explicações da francesa.
Chegamos ao hotel por volta das 13h. Um pouco mais tarde do que o combinado pela agência. Aliás, todos os passeios que fizemos atrasaram a hora da volta. Tomamos banho e fomos para a cidade telefonar e almoçar. Neste dia conhecemos o restaurante "La Pica de Michel". Que nos acompanhou por toda a viagem...

Dia 6 - 31/12 - 1ª parte
Dia em San Pedro
Nosso primeiro passeio agendado no deserto era conhecer os Geysers El Tatio, a 4.300m de altitude. O ônibus da agência nos pegou no hostal às 4h. Nao foi muito fácil acordar. O cansaço já estava forte. A dona do Hostal, Ester, deixou nosso café pronto para levarmos no passeio. Ela é muito gentil. Café: sanduíche pão com queijo, iogurte e suco de laranja de caixinha (aliás, foi esse mesmo café da manhã todos os dias).
Foram duas horas de viagem no ônibus para chegar aos geysers (94km). No final do percurso, a nossa guia, uma francesa com cara de hippie, mandou a frase fatal: "a temperatura lá fora é de 8 graus negativos". Assim começou o desespero dos cuiabanos e da candanga acostumada ao calor amazonense. A maioria de nós estava com calça de tactel e moleton... "Ainda bem que eu fui malandro e coloquei uma cueca e uma blusa por baixo do moleton", ressaltou Heitor, com os lábios roxos e os dedos praticamente congelados.
A agência havia recomendado que fôssemos bem agasalhados e levássemos roupa de banho. Acho que a maioria levou mais a sério a parte da roupa de banho. Ainda bem, assim as toalhas viraram cachecóis. O frio era muito intenso, tanto que os dedos dos pés e das mãos endureceram.
Apesar da sensação térmica "agradável", os geysers são muito interessantes. São buracos no chão que jorram água muy caliente. Em resumo, essa água vem do encontro da lava inativa de dentro do vulcão com os lencóis freáticos que fervem e que, por causa da pressão, vão direto para a superfície. Essa atividade cessa por completo por volta das 10h. Por isso a necessidade de chegar bem cedo ao local. São dezenas de geyseres, de vários tamanhos e intensidades. Com gelo nos ouvidos, confesso que foi difícil ouvir todas as explicações da guia francesa. O local tem muito vapor e o cheiro de enxofre é fortíssimo. Durante o passeio, a temperatura baixou mais um pouquinho: bateu 12 graus negativos! Vale a dica: não subestime a temperatura... ah, e leve água para beber.
Lá mesmo tomamos um café da manhã oferecido pela agência. Café com leite e chocolate quente esquentados nos próprios geysers, além de pão seco com queijo. Aliás, nos pareceu um costume da região: comer pão bem seco apenas com uma fatia de queijo.
Fizemos uma segunda parada para observar mais geysers e algumas lagunas termais. Mas só uma pessoa do nosso ônibus teve coragem de tirar a roupa e entrar na água - claro, nao foi do nosso grupo. A partir daí o sol começou a aparecer e o frio desistiu de tentar nos matar... À medida que a temperatura vai subindo e o sol surgindo, formam-se contraluzes no local. A fumaça que brotam do chão ficam com uma altura ainda maior. O cenário é espetacular.
No caminho de volta passamos por paisagens belíssimas. Vimos bichos que vivem em altitudes elevadas. Entre eles, havia uma mistura de coelho com esquilo e as vicunhas (parecem o bambi). Essas, sem nenhum pudor, acasalavam nos arredores da estrada.
Fizemos uma parada também em um pitoresco povoado chamado Machuca. Lá tem um monte de casinhas de adobe, mas só moram seis habitantes, que estavam vendendo espetinho de lhama pra gente. O local vive em função do turismo. Voltamos no ônibus meio dormindo, meio ouvindo as explicações da francesa.
Chegamos ao hotel por volta das 13h. Um pouco mais tarde do que o combinado pela agência. Aliás, todos os passeios que fizemos atrasaram a hora da volta. Tomamos banho e fomos para a cidade telefonar e almoçar. Neste dia conhecemos o restaurante "La Pica de Michel". Que nos acompanhou por toda a viagem...

Foto: Marina Mercante
3 comentários:
Só de ler isso, já me senti congelada. Beijos. Idelise
La pica de micheeeeellll, rsrs.
Meninas, estamos em Córdoba ainda, seguimos para Buenos Aires amanha cedinho.
Por aqui, muito calor, porém encontramos argentinos bastante simpáticos e até os policiais (por incrível que pareça) nos trataram muito bem.
Só uma correçao: chegamos a 4320 metros de altitude, pelo menos era o que dizia a placa na divisa entre a Argentina e Chile.
Beijos e boa viagem.
HEITOR
Heitor querido,
Como vocês estao??? Ja estao em Buenos Aires? Estamos com saudades...
Estamos neste momento em Santiago de Estero. Vamos hoje até Resistência.
Beijos e boa viagem.
Naty
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