Purmamarca - San Pedro de Atacama (400 e alguns km)
Após mais um café da manha continental, com direito a chá de coca, saímos de Purmamarca às 11h. O destino era, finalmente, a cidade de San Pedro do Atacama, base para explorar o deserto. O trecho, pela Ruta 52, tem menos de 500 km. É pouco, mas sabíamos que seria demorado, já que é um caminho maravilhoso e teríamos de parar várias vezes para fotografá-lo. A estrada começa com montanhas gigantescas, de cores diversas. O carro sobe pela Cuesta del Lipán, um ziguezague de estradas, em forma de serpente, com curvas muito fechadas e, em geral, abismos do lado direito.
Foto: Marina Mercante
Os automóveis também sentem os efeitos da altitude (chegamos a 4.170 metros acima do nível do mar) e, em algumas partes, não passam de 40km/h. Isso com o pé afundado ao máximo no acelerador. Outra surpresa extremamente agradável foi a passagem pelas Salinas Grandes, um deserto de sal na beira da rodovia - ali existiu uma lagoa que secou e converteu-se na capa salgada de 1.500 km2. É lindo, brilhante e divertido, como todo deserto de sal :) Acho que a imensidão branca mexe com a seriedade de qualquer ser humano. Veja o exemplo abaixo!Foto: Marina Mercante
Também cruzamos com lhamas super educadas e com o imponente vulcão Licancabur (já no Chile), uma espécie de entidade sagrada que protege os menos de 500 habitantes de San Pedro. A entrada no Chile foi tranquila. Carimbamos os passaportes e apresentamos os documentos dos respectivos carros. Ainda tivemos de passar as bagagens por uma esteira. Sem stress... tirando o fato de eu quase ter esquecido minha bolsa por lá. Tudo bem, culpa do cansaço e da fome! San Pedro do Atacama tem menos de 5 mil habitantes e fica nas proximidades da Cordilheira dos Andes. Dizem que é o melhor ponto-base para desvendar o deserto.
Quando chegamos, já era noite e, por isso, foi mais chato para achar o centrinho da cidade. Mas ela é tão pequena que não demoramos tanto. Fomos direto à agência de turismo Atacama Connection, na qual os passeios dos três dias seguintes já estavam reservados. Como havíamos transferido do Brasil a metade do valor (pela Western Union), era a hora de pagar o restante. O problema foi que a cidade estava lotada (inclusive de brasileiros) e as casas de câmbio já estavam com pouquíssimos pesos chilenos. Pagamos a maior parte em dólar e deixamos para trocar o dinheiro no dia seguinte. Depois coloco aqui os preços dos passeios - Geyser El Tatio, Valle de la Luna, Laguna Cejar e Lagunas Altiplânicas.
Ainda na correria (férias para descansar? o que isso significa?), fomos ao hostal El Monte, que também estava reservado. É um pouco afastado, mas muito legal. A dona do local, Ester Salvatierra, esperava por nós. Os quartos são pequenos, mas quentinhos e arrumados. Há ainda internet na sala de estar e é possível lavar roupa a 5.000 pesos chilenos. Por fim, voltamos ao centro para jantar. Nesta viagem, sempre comemos tarde e com muita fome. Resultado: sempre saímos dos restaurantes "daquele jeito", de taaaaanto comer! Além do mais, descobrimos que todo prato individual serve para duas pessoas. E, quando quisemos dividir, não foi suficiente! rs
Dormimos logo porque no dia seguinte teríamos de estar de pé às 4h da madruga!!! Nem imaginávamos o que vinha pela frente...
-> Preços dos passeios pela Atacama Connection:
Total: 71.000 pesos chilenos por pessoa
Geyser El Tatio: 20.000 + 3.500 (entrada)
Valle de la Luna: 8.000 + 2.000 (entrada)
Laguna Cejar, Ojos del Salar e Laguna Tebinquinche: 15.000 + 2.000 (entrada)
Lagunas Altiplanicas + Salar de Atacama: 28.000 + 6.000 (entrada)
Obs.: as entradas são pagas nos dias dos passeios, é preciso levar o dinheiro trocado.
Obs.2: Todos esses passeios são feitos em vans da agência. Nossos carros ficaram no hostal, que tinha estacionamento. Para se locomover na cidade, também não é preciso carro. O El Monte é meio distante do centro, mas se houver disposição para andar, sem problemas.
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